O dia que falei pra minha avó sobre o clitóris

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Matéria da Minha Coluna Sexo e Saúde.

O dia que falei pra minha avó sobre o clitóris

Esses dias recebi a vista da minha irmã, Karoline Baldotto e a gente riu, colocou os papos em dia, brincamos com a minha avó e desenrolamos um bate papo muito curioso. A vovó mora comigo há bastante tempo. Começamos a perguntar pra ela como eram as coisas no tempo em que era casada e ela contou, envergonhada, sobre os tabus da época.
Até que ela perguntou o que era um moldezinho que estava em cima da minha mesa e que costumo usar nas aulas que dou pelo Instagram e no meu curso sobre o prazer feminino. A primeira vez que mostrei ele aqui o povo falou que era um pássaro, um avião, um origami, enfim, mas fui explicar pra ela que esse é o modelo anatômico do clitóris.
Eu disse:

clitóris
O dia que falei pra minha avó sobre o clitóris

– Sabe aquela bolinha da vagina que dá choquinho?
Ela é só essa pontinha, aqui por dentro ela é assim.

Eis que ela responde
– Como diz isso mesmo? “Clitóris”? Então esse é o nome da bolinha sem vergonha? Kkk
(Dona Josenite, 88 anos).

Como é que pode né? Hoje a gente toma café e conversa um pouco mais abertamente sobre isso, ainda com muito tabu sobre o tema. Claro, no tempo dela as coisas eram bem diferentes, as crenças que ela tem a vivência que teve.

Pra vocês terem ideia o anticoncepcional foi criado na década de 60 naquela época quem tomava era mal vista. Se a mulher fosse separada então, Deus me livre. Até 2001 (praticamente ontem) um casamento poderia ser anulado e a mulher devolvida se o cônjuge descobrisse que ela não era virgem. Olha só!

E esse modelo anatômico que mostrei? Foi descrito em 1998, e eu só ouvi falar dele quando estudei sexualidade. Nem na faculdade de medicina, nem na residência de ginecologia se falava disso. Ponto G até hoje é desconhecido por muitas. São muitas as barreiras que nós mulheres enfrentamos, são muitos os tabus que carregamos originados de todas essas questões culturais, daí vem a origem e muitos dos bloqueios sexuais que temos nos nossos relacionamentos.

Resolvi que meu propósito era fazer parte dessa libertação. Em minhas palestras, cursos on-line e consultas trabalhamos para amenizar essas dores, dificuldades de sentir prazer e libido comprometida, que muitas de nós carregamos e para nós questionar se as coisas deveriam ser do jeito que são.

E você? Já pensou nisso? 

 

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Dra. Lorena Simões Baldotto
Dra. Lorena Simões Baldotto
Ginecologista, Obstetra e Sexóloga Cirurgia Íntima regenerativa e estética Palestrante e Colunista do jornal ATribuna Rede Tribuna SBT @dralorenabaldotto

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